domingo, 14 de junho de 2015

Cinema em 2015: Fifty Shades of Grey


Vou explicar muito rapidamente o que vai acontecer nesta pseudo-rubrica de duração e longevidade indefinidas. Vou agarrar, um a um, em todos os filmes de 2015 que vi este ano (quer isto dizer que vou excluir tudo o que só este ano chegou cá, sendo de anos anteriores) e falar um pouco daquilo que achei deles. Além de dar muito bem a entender a qualidade média de filmes que vou ver ao cinema (costuma ser bem baixinha...), serve para mostrar, no geral, como está a ser este ano cinematográfico. Preparados? Eu não.

Sobre o primeiro filme deste ano que vi, o abaixo-de-dejectos-bovinos Jupiter Ascending, já tive aqui o prazer de falar um pouco, o que me leva a passar ao segundo "filme" que vi no cinema: Fifty Shades of Grey. Vá, não julguem, aconteceu e não vamos perder demasiado tempo a falar sobre o porquê. Já consome muito de mim admitir que paguei para ver isto quando tinha perfeita noção do que ia acontecer. Passando à frente...


Sabia muito pouco acerca da "história" deste filme, mas o suficiente para saber que a classificação de M16 não fazia ali muito sentido. Consta que houve discussão acerca disso e de como iria limitar algumas cenas no filme mas, depois de o ver, acho que se deviam ter focado noutra coisa que estava em falta: qualidade. Resumindo a história para não aborrecer ninguém, a protagonista, Anastasia Steele, conhece um tipo estiloso e bem-sucedido, Christian Grey. Demasiado rapidamente ele interessa-se por ela, ela por ele, e as cenas acontecem entre os dois. Isto até ele dizer que gosta de cenas sadomaso e a querer obrigar a assinar um contrato que a obriga a fazer todas as cenas maradas que lhe passam pela cabeça. Aquilo fica num impasse e daí nunca sai até ao final deste primeiro de três ou quatro filmes da série. Sim, há mais. Yay.

Falando um pouco mais a sério acerca do filme. As personagens são fracas, não há qualquer razão para se gostar dos protagonistas ou das prestações vazias de ambos os actores. A história não avança praticamente nada ao longo de duas horas de filme, depois de nos primeiros vinte minutos acontecerem os avanços mais relevantes. As cenas de sexo, que no fundo são aquilo pelo que os livros ficaram conhecidos, acabam por estar ali num espaço entre as cenas de sexo normais em filmes e as cenas de sexo em filmes porno de má qualidade que passam na CMTV a partir das duas da manhã. Se é verdade que não há nada terrivelmente de errado com o filme, é igualmente certo que não há nada de bom para anotar. É aborrecido e demasiado longo para o conteúdo que tem, além de que a história é uma variante pouco relevante dos romances habituais que aparecem no cinema a cada quinze dias. Tudo isto torna ainda mais um incógnita a razão que me levou a ir ao cinema ver esta coisa.

2/10

1 comentário:

  1. Eu percebo a histeria à volta deste filme, porque é feito para mulheres, aliás foi escrito por uma mulher. Eu cheguei a ler o livro, mas fiquei a metade, pelo simples facto das intervenções da personagem principal. Este filme não faz sentido. Um filme com cenas de sexo, mal feitas e cortadas, diálogos estúpidos. O Livro é quase todo ele a descrever cenas de sexo,e no filme é tudo muito seco, nem chamo aquilo cenas eróticas, sim tem alguma nudez, mas muito seco e sem brilho.

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