segunda-feira, 15 de junho de 2015

Cinema em 2015: The Water Diviner

E ao segundo filme que vou analisar nesta minha pseudo-rubrica, quebro logo aquilo que disse inicialmente acerca de serem só filmes de 2015. A verdade é que me apercebi de que, se fosse por aí, só tinha visto dois filmes deste ano. Não dava uma grande rubrica por não?

Passando ao que interessa, sabem quem não dava um bom realizador também? O Russel Crowe. O seu lindo filme acerca de um agricultor que parte para Istambul em busca dos filhos que morreram na guerra é tão aborrecido como esta sinopse pode dar a entender. Não quero aqui ser totalmente impiedoso e injusto com o filme, mas a verdade é que é uma narrativa imensamente lenta e previsível a cada passo.

O filme, protagonizado, lá está, por Russel Crowe, acaba por perder demasiado tempo a filmar planos abertos de paisagens bonitas, gestos simples e insignificantes e momentos de conversa totalmente escusados no desenvolvimento de personagens ou da história. Não é tudo mau e não quero que seja essa a imagem com que ficam desta aventura a realizar do nosso querido australiano bruto. Há cenas com uma forte carga emocional e conseguem bem transmitir os sentimentos que devemos retirar as cenas mais intensas. Não é fácil compreender bem a personagem principal, Connor, mas se tivermos um pouco de paciência e interesse, acaba por ser recompensador, porque vamos perceber que aquele não é uma história totalmente em vão e simples de todo. Infelizmente, isto também não é suficiente para que eu possa passar do razoável na classificação deste The Water Diviner (genialmente traduzido para "A Promessa de uma Vida").

Dito isto, tenho de confessar que não sou uma pessoa que perceba muito bem estes filmes esquisitos que tomam decisões artísticas que a mim me parecem bastante questionáveis. Acho o Under the Skin o pior filme que alguma vez vi, mas já me apercebi de que se tornou um dos filmes indie mais apreciados do ano passado. Talvez este seja outro caso de genialidade que eu não entendo, mas, em todo o caso, sou eu que estou a fazer a critica e é no meu julgamento que têm de acreditar. Se quiserem.

4/10

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