domingo, 9 de agosto de 2015

Ant-Man



Spoiler alert: A qualidade do filme é aproximada ao tamanho do super-herói em questão (para os mais exigentes especifico que estou a falar do tamanho que ele fica quando se reduz ao de uma formiga)!

O formato, esse está gasto. Não há muito a fazer quanto à maneira como se torna este super-zé ninguém em super-alguém. É geralmente um misfit pelo que fez da vida (neste caso era um "hacker" que foi capturado e condenado a uns tempos de prisão) ou alguém com poucas aptidões físicas que por obra do acaso ou da ciência fica com a largura de costas da Ronda Rousey (gostam da minha habilidade para falar de filmes e de temas da atualidade ao mesmo tempo?) e a sua capacidade para dar conta de alguém em poucos segundos.

Neste caso a escolha para interpretar Scott Lang (o Homem Formiga) recaiu em Paul Rudd (é aquele ator secundário de comédias que vemos sem gostar ou aquele ator principal de comédias que não conhecemos porque ainda são piores do que aquelas que vemos sem gostar; já estão a ver quem é?) e o filme ainda decai mais de qualidade do que esta segunda temporada de True Detective em relação à primeira, isto se, claro, já estejam na parte em que finalmente conseguiram perceber tudo o que se passa e já têm a cabeça desocupada de tantas tramas e nomes a decorar.

Paul Rudd não pode ser levado como ladrão ou um "activista hacker" (por falar nisto, vejam Mr. Robot!), muito menos como super-herói inteligente. Raios, o Paul Rudd nem como ator pode ser levado a sério quanto mais... Mas, apesar disto tudo, aparece um Michael Douglas interpretando o Dr. Hank Pym, o cérebro por trás do fato do Homem Formiga que por obra do acaso não se percebendo bem nem como nem porquê escolhe justamente este Scott Lang como a pessoa indicada a deter o poder que este fato confere com o objetivo de derrubar Darren Cross (Corel Stoll, devem conhecê-lo de House of Carda), o antigo aprendiz do Dr. Hank e aquele que vai ficar desfeito no capítulo amoroso porque a Evangeline Lilly (de Lost) escolhe o Homem Formiga para fazerem formiguinhas.

O pior neste filme nem é esta premissa. É um pouco complicado de fugir destes pontos, e bem, os super-heróis surgem de pessoas inesperadas para as crianças (ou mesmo nós, não tão crianças já) acreditarem que nelas reside também um pouco de herói, que elas podem mudar o Mundo (e podem) MAS POR FAVOR (entrando em rage mode) NÃO O FAÇAM RECORRENDO A FRASES CLICHÉS DURANTE MAIS DE UMA HORA E MEIA!! Há mais formas de dar a volta a um filme de heróis sem que este tenha de dar vontade de fazer o jogo dos shots por cada cliché disparado de 2 em 2 segundos por todas as personagens. Ok? Ok.

Tem, ainda assim bons momentos de humor, mas, juntamente com a Evangeline e o Corey são dos poucos pontos positivos do filme (que por acaso usa bem o poder principal do super-herói tanto para a ação como para os momentos de humor bem conseguidos). Ainda assim nunca chegará perto da saga Thor, do estilo do Robert Downey Jr. ou do Capitão América.. Tal como o Paul nunca chegará perto de ser ator.


5,5/10

PS: Captaram as minhas referências a séries? São todas muito melhores escolhas de passatempo que ver este filme. Tirando Lost, os guionistas disso ainda fumavam mais que a Sara Norte e apenas escreviam cenas random.

Força Benfica (está quase a começar a Supertaça!)!

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