O
filme é baseado no livro homónimo de Henry James adaptado aos nossos tempos e
retrata a perspetiva de uma criança (Maisie) sobre o divórcio nada pacífico entre os
pais interpretados pelos reconhecidos e galardoados Julianne Moore e Steve
Coogan.
Sem nunca ter lido ou sequer visto qualquer referência a este filme foi uma
agradável surpresa. Maisie (Onata Aprile) é esquecida, usada como arma de
arremesso entre os pais sob um pretexto de vingança de parte a parte e balança
numa dança na qual é apenas um objeto de uma guerra irresponsável. É interessante a recorrência a planos visuais filmados à altura da Maisie, dando uma melhor perspetiva sobre o que ela está a passar. Onata dá à
personagem a dose certa de leveza, sofrimento e ao mesmo tempo adorável, triste
e inocente expressividade próprias da idade e situação, tal como a imaginamos.
A menina acaba por ter nos companheiros dos seus pais os seus heróis
improváveis e verdadeiros protetores. Alexander Skarsgard (no papel de Lincoln)
desenvolve por Maisie uma relação de proteção, carinho e companheirismo difícil
de não nos identificarmos e adorarmos ao mesmo tempo sendo que ao início o que
pode até parecer uma interpretação estranha de Alexander com o decorrer do
filme facilmente a traduzimos na estranheza de Lincoln se encontrar sem noção
prévia do papel fundamental que viria a desempenhar na vida da menina de um momento
para o outro, papel esse que lhe fará chegar até Margo (Joanna Vanderham), a
atual companheira do pai biológico de Maisie, e desenvolverem entre si uma
relação especial sendo Maisie de forma acidental o fator fundamental para a
mesma.
7,5/10
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