segunda-feira, 13 de abril de 2015

Omar

Omar
“Porque choras?
- Porque tu não.”

Este breve e ainda assim longo diálogo resume bem o tipo de filme em si. Escolhas, decisões, amor, traição, crenças, sacrifícios. Omar é um filme realista, um filme com carga emocional, estrutura psicológica, do mesmo realizador de Paradise Now, outro filme de Hany Abu-Assad que lhe valeu um Globo de Ouro na altura. Já Omar, foi, tal como Paradise Now, nomeado para melhor filme estrangeiro acabando por “perder” a estatueta para A Grande Beleza.

Não querendo desvendar demasiado do filme, Omar (Adam Bakri), um jovem padeiro palestiniano, apaixonado por Nádia (Leem Lubany) tem de subir o muro construído pelos israelitas (uma visão sobre o que acontece em Gaza) para evitar os palestinianos. Omar faz ainda parte de um pequeno grupo que pratica atos terroristas contra o exército israelita e são essas duas vertentes da vida de Omar que vão chocar, aglutinar e definir a narrativa na afetação às personagens para o filme obrigando-o a tomadas de decisão que podem alterar tudo o que o rodeia.

Atentem à interpretação humana, real de Adam Bakri e à transformação da personagem ao longo deste Romeu e Julieta contemporâneo.

Diretamente do Médio Oriente, mais um excelente filme, como muitos outros que nos têm chegado desta região.

7,6/10

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