domingo, 26 de abril de 2015

Um Quarto em Roma




Um quarto, um romance, estética, paixão, sensualidade, sensibilidade, delicadeza e erotismo. Tudo muito simples, como qualquer outra história de amor o é. O descobrimento mútuo, os olhares, a ternura, o apego, o “chega para lá” que existe para que possa acontecer um “volta” com mais força que nunca, a envolvência, um ultimato, doce, amargo, intenso. Apenas um momento captado numa câmara colocada com a maior das perfeições eternizando o toque, o entrelaçar.

A simplicidade num filme (realizado por Júlio Medem, realizador de Lúcia e o Sexo) que se passa num quarto, mas que não limita as amantes Alba (Elena Anaya, soberba) e Natasha (Natasha Yarovenko). Impulsionadas pelas suas vidas antes daquele quarto, cada uma mergulha nas fraquezas, segredos, cantos e curvas uma da outra, viajando bem além da vista do seu quarto sobre a cidade mais bela, a eterna Roma.

A libertação contrasta sistematicamente com quadros que nos trazem a temática religiosa (resta saber se se encontrarem em Roma é apenas bom gosto do realizador e/ou escritores ou também será com o propósito religioso), num renascimento, num descobrimento de ambas as protagonistas. Sim, tem sexo, sim, é cru, sim, é lindo, sim, é poético. O final, esse, é perfeito. Se o virem lembrem-se da conversa das duas protagonistas na varanda enquanto tomam o pequeno almoço.

No final, a despedida, a ternura. É possível amar incondicionalmente por um dia, sim, mas o amor perdura.


7/10

Fica a música adorável que nos acompanha e nos guia ao longo de todo esse descobrimento e dá o mote no seu título para o que acontece no filme: https://www.youtube.com/watch?v=ZMRWeWWHzgw

1 comentário:

  1. Acabei de ver esse filme agora ( 05/02/2017 as três da madrugada) foi um filme centrado na recentes e desconbertas paixões e revelaçoes de duas mulheres. Gostei do filme.

    PS: AH, Esse blog irá para os meus favoritos, gostei dele.

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